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Katrín Jakobsdóttir: apoio à igualdade de gênero. Foto: Kim Wendt/NordForskKatrín Jakobsdóttir: apoio à igualdade de gênero. Foto: Kim Wendt/NordForsk

Greve questiona Islândia como ‘paraíso’ da igualdade de gênero

Principal demanda é fim do paygap no país líder global em igualdade de gênero, segundo ranking do Fórum Económico Mundial.

(brpress) – Uma greve de mulheres trabalhadoras, em atividades remuneradas ou não, acontece após quase meio século na Islândia, nesta terça-feira (24/10). A principal demanda é igualdade de gênero no pagamento para todas as profissões – especialmente as domésticas e cuidadoras, que, mesmo no país líder global em igualdade de gênero, segundo ranking do Fórum Económico Mundial (FEM) pelo 14.º ano consecutivo em 2023, ainda são desvalorizadas. 

“A Islândia tem a responsabilidade de garantir que correspondemos a essas expectativas”.

Freyja Steingrímsdóttir, uma das organizadoras da greve e diretora de comunicações da Federação Islandesa dos Trabalhadores Públicos (BSRB).

Segundo o FEM, a diferença de gênero no mercado de trabalho pode acabar apenas em 2154, ou seja, daqui a 131 anos. “O progresso em alcançar a igualdade global de gênero está definhando”, alerta o relatório Global Gender Gap. A Noruega está em segundo lugar e o Brasil melhorou de forma expressiva: saiu da posição de número 94, em 2022, para 57, este ano.

Paraíso? 

Em algumas profissões,mulheres islandesas ainda ganham 21% menos que os homens, e mais de 40% delas experimentaram discriminação de gênero e/ou. violência sexual – outro fator combatido pela greve.

“Falam de nós, falam da Islândia como se fosse um paraíso da igualdade. Mas um paraíso da igualdade não deveria ter essa disparidade salarial e quase metade das mulheres vítimas de violência sexual ou de género durante a sua vida. Não é isso que as mulheres em todo o mundo estão buscando”, afirma Steingrímsdóttir ao Guardian.

Até a primeira-ministra islandesa Katrín Jakobsdóttir promete aderir à greve: “Em primeiro lugar, estou demonstrando solidariedade com as mulheres islandesas neste aspecto”, disse ela ao mbl.is.  É a primeira vez que mulheres se unem a transgêneros e não-binários neste movimento. “Lutamos contra os mesmos problemas”, ressalta Steingrímsdóttir.

Tirando o atraso

Com a greve desta terça, algumas mulheres que participaram do ato em 1975 querem cobrar pelas reivindicações não atendidas. Com o lema “Kallarðu þetta jafnrétti?” (“Chama isso de igualdade?”), o ato é resultado de um movimento popular e comta com a participação de cerca de 40 organizações diferentes.

O status das mulheres na sociedade e o seu valor monetário no local de trabalho também parecem estar ligados à violência sexual. “Estamos tentando ligar os pontos. São duas faces da mesma moeda e têm efeitos um sobre o outro”, acredita Steingrímsdóttir.

#brpressconteudo #gendergap #paygap #igualdadedegenero

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